As organizações de esquerda no Brasil têm enfrentado grandes ataques nos últimos tempos e são incapazes de contrapô-los na mesma medida por sua fragmentação e desunião. Tais ataques partem tanto da burguesia – que faz uma propaganda massificada de que nossas propostas são “irreais” e “idealistas”, minimizando o potencial transformador de nossas forças – quanto da sociedade em geral, objeto de grandes propagandas que visam e tem conseguido torná-la desacreditada de um projeto político capaz de superar as desigualdades sociais.
A Assembléia Popular do Campo das Vertentes é um espaço de construção de um projeto popular que busca superar a fragmentação. A partir dela diversos movimentos sociais de São João del-Rei e região estão organizados com o objetivo de traçar uma frente única, em defesa dos direitos dos trabalhadores.
No intuito de que tais movimentos possuam um lugar em comum, sentimos a necessidade de construir uma Associação Cultural que permita um espaço interativo em que as discussões sejam privilegiadas e que se permita a construção de uma consciência política crítica, aberta e democrática para os movimentos sociais de São João del-Rei. E que ofereça também um ambiente aonde tenha espaço a produção cultural alternativa. Ela tem o objetivo de, assim, ampliar os horizontes de formação através de uma Casa que possibilite as discussões sobre a luta dos povos da América Latina e do mundo, além de oferecer um espaço de lazer diferenciado.
Sendo assim, para fomentar esse projeto, pensamos na atividade inaugural da Casa dia 11 de setembro, data representativa para o nosso povo: primeiro, porque comemora a vitória dos estudantes do DCE UFSJ na sua luta, conquistando importantes demandas materiais e políticas, como uma assistência estudantil mais digna e a participação dos estudantes em comissões paritárias dentro da instituição, através da importante ocupação da reitoria; segundo, porque é uma data que reflete sobre as atrocidades cometidas nas ditaduras militares que sofremos no século XX, especificamente quanto ao terrorismo bélico da elite chilena, contrária à construção do poder popular no governo Allende em 1973; terceiro, porque remete aos ataques terroristas contra o povo estadunidense. O terrorismo tem sido utilizado pelo imperialismo para manter o medo contra sua população e, consequentemente, como uma arma de exploração contra os povos em luta por sua libertação no Oriente Médio. A ação imperialista também tem dado grandes reflexos em nosso continente, que assiste ao terrorismo de Estado colombiano e aos ataques contra nações progressistas, como Venezuela, Equador, Bolívia e a resistente Cuba.
Convidamos todos os lutadores de São João del-Rei e região para estarem conosco nessa construção coletiva, no dia 11 de setembro (sábado) às 15h na Avenida do Campus Tancredo Neves (CTan), casa nº1, onde realizaremos um espaço de discussão e de confraternização.
Atenciosamente,
Comissão organizadora da Casa da América Latina - terça-feira, dia 6 de setembro de 2010.
Retirado do blog http://autocritica-ujc.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário