Por André Luan Nunes Macedo
Nosso conturbado período acabou. Entretanto, o segundo semestre exigirá do DCE e dos estudantes algumas respostas aos ataques realizados com intencionalidade pela administração dessa universidade. Tornou-se uma questão de honra entre nós defendermos a bandeira de autonomia do movimento estudantil depois de tanta ameaça da reitoria e de professores que são condizentes às práticas autoritárias e clientelistas numa universidade pública. Devemos pensar em meios de nos proteger juridicamente e politicamente, através da divulgação das informações e dos fatos ocorridos no ultimo mês.
Nesse sentido, fiz um texto com o objetivo de analisar criteriosamente a política clientelista e autoritária dentro da UFSJ, repudiando todo o maniqueísmo colocado pela administração da universidade e por aqueles que são coniventes às práticas irreflexivas e monolíticas. Gostaria de aprová-lo em CEB, enquanto texto do DCE UFSJ. Dêem uma olhada e me digam suas opiniões a respeito.
Nesse sentido, fiz um texto com o objetivo de analisar criteriosamente a política clientelista e autoritária dentro da UFSJ, repudiando todo o maniqueísmo colocado pela administração da universidade e por aqueles que são coniventes às práticas irreflexivas e monolíticas. Gostaria de aprová-lo em CEB, enquanto texto do DCE UFSJ. Dêem uma olhada e me digam suas opiniões a respeito.
Clientelismo e Autoritarismo na UFSJ
Diretório Central dos Estudantes – DCE UFSJ.Esses conceitos servem mais para analisar uma prática política do que provocar um acirramento maniqueísta, como muitas vezes a reitoria dessa universidade busca fazer, uma divisão esdrúxula entre seus “amigos” (aqueles que estão ao seu lado a qualquer custo) e seus “inimigos” (representantes que buscam a crítica como alternativa para a discussão mais democrática numa universidade pública) . Essa separação corresponde a uma política própria, que identificamos como clientelista.
O clientelismo se configura como uma “relação de dependência tanto econômica como política [...] entre um indivíduo de posição mais elevada (patronus) que protege seus clientes, os defende em seu juízo [e] testemunha a seu favor” (BOBBIO, 1995). Onde podemos encontrar um exemplo para essa definição?
Quem assistiu os últimos acontecimentos entre estudantes e reitoria ficou estarrecido com a intervenção desta nas eleições para um dos representantes no Conselho Universitário (CONSU). O sr. patronus se deu ao luxo de ligar para Centros Acadêmicos e dizer para eles qual seria o estudante inimigo, indesejável para uma “boa relação” com a administração da Universidade.
Pela terceira vez em dois anos, o DCE UFSJ sofre ataques intervencionistas da reitoria, porque não se enquadra na concepção clientelista e autoritária. A sua autonomia só é “respeitada” quando o movimento luta, pois quando se aquieta é tido por fraco e logo agredido, sobretudo em sua autonomia. Quando o DCE UFSJ se posiciona de maneira alternativa à concepção da reitoria, essa se sente no direito de intervir na autonomia do movimento e querer ser sua “amiga”, realizando um trabalho militante anti-ético e opressor. O DCE UFSJ defende uma postura de independência em relação à administração da Universidade. Sempre que pudemos apoiamos projetos que vão de encontro ao interesse dos estudantes, como no caso da Acolhida da UFSJ, onde fizemos um trabalho em conjunto, enviando representantes discentes para a comissão de organização do evento. Apoiaremos as políticas de pesquisa, como o caso dos periódicos da CAPES, um grande banco de dados de artigos nacionais e internacionais, que auxilia professores e alunos que necessitam um contato maior com a comunidade científica de seus cursos. Entretanto, sempre que necessário, repudiaremos o que a maioria das entidades estudantis da UFSJ considerarem incorreto. Por exemplo, somos também contra o aparelhamento institucional da UFSJ a favor de partidos políticos, deputados, candidatos a presidente, etc. que bem ou mal ainda cobrarão da Universidade um apoio incondicional as suas candidaturas devido ao seu suspeito apoio na geração de recursos pelas vias parlamentares, se caso já não o estiverem. Sempre denunciaremos essas práticas, na busca de uma universidade que respeite a pluralidade de idéias e opiniões, ressaltando o caráter público da instituição.
OBS: No dia 30 de junho houve a votação final,em CEB,sobre o representante dos estudantes no CONSU. O candidato eleito foi mantido no cargo com 10 votos a favor e 2 contra. Dois Centros Acadêmicos não apareceram na votação porque a coordenadoria dos cursos pressionou para que eles votassem em determinado candidato. Dessa forma os estudantes decidiram participar da próxima reunião do Conselho que realizar-se-ia no dia 05 de julho, mas que foi cancelada.Os estudantes queriam perguntar por que a reitoria estava interferindo nos CEBs.(Essa OBS não faz parte do texto acima)
Nenhum comentário:
Postar um comentário