segunda-feira, 13 de maio de 2013

DCE lança campanha contra a humilhação nos trotes



Hoje é o primeiro dia de milhares de estudantes na UFSJ. Tire suas dúvidas sobre o famoso e temido trote!

Hoje é o primeiro dia de milhares de estudantes na UFSJ. Em sua grande maioria, os ingressantes são jovens que estão pela primeira vez longe de casa e dos amigos. De acordo com Rafaella Dotta, integrante da Diretoria do DCE, “as vezes a vontade de integração ao novo círculo social deixa todo mundo ansioso e mais suscetível a aceitar situações humilhantes, principalmente nos trotes”. 

Pensando nisso, o DCE, em parceria com a Reitoria da UFSJ, está organizando uma campanha para a conscientização dos estudantes, ingressantes e veteranos, para que todos saibam que a humilhação não é o “preço a se pagar” pelo ingresso na federal. 

A campanha: “Nem todo trote é brincadeira, e nem toda brincadeira é trote” têm o objetivo de disponibilizar informações importantes sobre o trote para os calouros e, ao mesmo tempo, busca sensibilizar os estudantes veteranos para não errarem a mão e confundirem um trote que pode ser saudável com situações humilhantes.



Tire aqui suas dúvidas sobre o trote: 

O que é o trote? O trote é uma tradição construída para receber os calouros na universidade. Atualmente, existem vários tipos de trote: desde trotes solidários, com doação de sangue e agasalhos, até outros agressivos com casos extremos que levam a situações extremas, até mesmo a morte. Na UFSJ, nunca teve uma ocorrência de morte. Aqui existem trotes mais agressivos e outros mais acolhedores, a depender do curso. Vale ressaltar que falaremos mais aqui dos tradicionais trotes de rua. Os trotes de república são diferentes, e também varia de república para república, mas, quando acontecem, costumam estar associados ao consumo de álcool, fazer o calouro de empregado por algum tempo, ou coisas do tipo. 


O que acontece no trote? Normalmente, o trote inicia na sala de aula, com os veteranos passando para levar as pessoas pra fora da universidade, já que dentro da instituição o trote é proibido por lei. Lá fora é feito uma sujeira com tinta, ovo, farinha, e outras misturas com cheiro desagradável, como óleo de caixa de gordura. Costuma acontecer também, principalmente para os homens, corte de cabelo e roupa. Também há situações constrangedoras como passar uma bala tic-tac para um(a) desconhecido(a), lamber uma calabresa com leite condensado, tomar bebida alcoólica, ser sujado com tintas de difícil remoção (violeta), e pedir dinheiro em sinal para resgatar o tênis (que é retirado no início). 


O trote é obrigatório? Não. A participação nos trotes é voluntária. Lembrando que ele não pode acontecer nas dependências da UFSJ. E em alguns casos, o trote é acompanhado por membros do Centro Acadêmico para evitar abusos (pergunte se no seu tem alguém que vai acompanhar e fiscalizar o processo). 

Que dia é? Normalmente é hoje. No primeiro dia. Mas em alguns casos pode ser em outro. Via de regra, os trotes acontecem na primeira semana. 

Se eu participar, tenho que fazer tudo? Também não. Às vezes você não quer deixar de participar, mas vai ter uma ‘brincadeira’ que não lhe agrada. Você pode se recusar a fazê-la sem nenhum problema. Seja responsável pela sua segurança durante o trote. Não aceite algo que não queira ou que te coloque numa situação de risco. 

Caso eu não faça alguma coisa, corro o risco de ser marcado? De forma nenhuma. Depois de alguns dias, os veteranos nem vão se lembrar de quem esteve ou não esteve no trote. Ou de quem fez ou não fez determinada brincadeira. Na maioria das vezes, não vão nem querer saber o nome de nenhum calouro. 

Existem alternativas para eu me integrar na universidade? Sim, a Cenje (Central de Empresas Juniores), o DCE, a Atlética e a Reitoria estão organizando a semana da Acolhida. Do dia 20 ao dia 24 teremos uma semana voltada a atividades de integração, com palestras, eventos culturais e esportivos (acompanhe aqui a programação). 


Os veteranos, principalmente os do 3˚ ou 2˚ períodos costumam descontar o que fizeram com eles na turma de calouros seguinte. E assim a tradição segue. Talvez seja o momento de você que está ingressando na universidade pensar se seus calouros precisarão passar por situações desagradáveis ou se está na hora de pensar um novo tipo de acolhimento. Afinal, nem todo trote é brincadeira.

Tem alguma pergunta? Envie pra nós em nossa página no facebook. Em breve lançaremos uma ouvidoria para colher reclamações em relação aos trotes.

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