quarta-feira, 22 de junho de 2011

Seminário de Avaliação Semestral

Conselho de Entidades de Base



São João del Rei, 19 de junho de 2011

 
Seminário de Avaliação Semestral

O Seminário, como todas atividadades do DCE-CEB, é aberto a todos/as os/as alunos/as. Compareçam!

No dia 01 de julho de 2011 as 09:30 horas (da manhã) no Campus Dom Bosco realizaremos o balanço de nossa atuação no primeiro semestre de 2011. A orientação é de que todos/as envolvidos em tarefas, representantes em conselhos, comissões, secretarias e cargos executivos se reúnam nos respectivos grupos de trabalho para debater a construção de nosso movimento. Faz-se necessário que haja síntese dessas reuniões, elas nos embasarão no debate com apontamentos para os próximos períodos. Os Centros Acadêmicos farão processos similares, avaliando o espaço do CEB e sua própria atuação no espaço. Os alunos organizados nos campi fora de sede podem se reunir e criar o documento que será debatido em nosso seminário, caso não seja possível a presença de representantes. Reflexões e contribuições individuais também serão bem vindas.



A perspectiva deste seminário é que, a partir do resgate do Planejamento 2011 (disponível no blog), consigamos avaliar nossa atuação, fundamentar e compartilhar nossas análises e apontar perspectivas de melhorias para nosso movimento. Faz-se necessária avaliações de maneira organizada, propomos a seguinte formatação para que haja síntese comum:



1) Planejamento 2011: O que deste planejamento foi executado? Onde estão os resultados? Quais foram nossas prioridades para o período?

2) Organização: Como se deu o processo de construção de nossas atividades? A forma com que organizamos a divisão de tarefas tem funcionado? Estamos dividindo as tarefas de maneira a usar bem a força/disposição de trabalho que temos?



3) Organicidade: Como as partes (executivos, grupos de trabalho, comissões, centros acadêmicos, conselheiros) se interagem com o Conselho de Entidades de Base? Cada qual tem papéis claros e definidos?

4) Centros Acadêmicos: Qual é o papel do Centro Acadêmico no CEB? Qual tem cumprido? Tem participado? Por quê? Não há participação? Por quê? O que tem visto no espaço? O que impede a participação? O que pode facilitar a construção do CEB via Centro Acadêmico?



5) Reuniões: Como andam nossas reuniões? São agradáveis? Estão em horários, dias e freqüência adequadas?



6) Campi fora de sede: Nossas relações avançaram? Quais são as perspectivas de trabalho no campus para o próximo período? Como podemos colaborar?



7) Postura: Estamos nos educando para a prática do que propomos, seja em nossas falas ou deliberações? Como anda nossa capacidade de diálogo?



8) Desafios: Quais são os principais desafios para os próximos períodos?



9) Outros;

 
Lembramos que nem todas as comissões passarão pelos mesmos pontos, mas podem avaliar toda a formatação caso julgue importante. As perguntas são para instigar o debate, não se faz necessária resposta direta nem que se restrinja a considerações em cima destas.

Esperamos que haja dedicação de se fazer um processo qualificado de avaliação, abaixo algumas contribuições teóricas que podem auxiliar no processo avaliativo:



 

ANEXO Retirado de A RETOMADA DO TRABALHO DE BASE
Ranulfo Peloso da Silva
CEPIS, SP



6.2. Que partes devem ser avaliadas?



As seguintes perguntas podem ajudar no exame de vários aspectos do trabalho:

a) Onde estão os resultados? A primeira pergunta que alguém faz quando entra numa luta é: o que é que eu ganho com isso? Sem ver sinais ou possibilidades concretas, é difícil mobilizar. O pessoal quer comida, terra, lazer, renda, reconhecimento. As vantagens que queremos no futuro – seja econômicas, políticas, sociais, culturais, espirituais – já devem começar agora.

 
b) Onde está a participação? É mais fácil ter platéia e eleitores, que trabalhadores conscientes e sujeitos. É bom sempre examinar se as lideranças estão facilitando o protagonismo dos trabalhadores (estudantes) e o surgimento de outras lideranças. Ou será que se adonaram do povo por uma prática paternalista e assistencialista que transforma companheiros em campanheiros?!


c) Onde está a juventude? Tudo o que é novo tem algo de “aborrecente”. Quem quer inovar, quem não aceita ser manobrado por um dono (mesmo que esteja “vestido de povo” ), sempre incomoda. O novo e o velho podem dizer respeito à idade ou à mentalidade. Quando uma organização não se renova nem se amplia, é porque começa a caducar. Existem organizações que, em vez de luta pela vida de muitos, se tornou meio de vida para alguns. Os novos atores têm uma linguagem e um rosto que os movimentos tradicionais nem sempre reconhecem. Usam palavras da “onda”, tratam de dimensões como sexualidade, raça, subjetividade, ecologia, cultura, religião e trazem grande entusiasmo. São temas antigos, transformados em formas de luta e mobilização. Será sempre necessário distinguir a verdadeira rebeldia, de um lado, e aquilo que é modismo, de outro.

d) Onde está a competência? Agir sobre a realidade é a única forma de provar que se pode mudar a realidade. Quer dizer, junto com o sonho e a garra, é preciso saber fazer. É uma deficiência ser técnico e não ser político, mas é uma desmoralização ser um militante político e não botar a mão na massa. A competência que se precisa no trabalho de base, é a capacidade de desmontar a exploração, onde quer que ela apareça. Mas, também, a capacidade de apresentar propostas, com fundamento, que possam ajudar na construção da nova sociedade.

e) Onde está o rumo? Não queremos remendar o velho. Lutamos pela transformação total do mundo e das pessoas. Por isso, não vamos “vender a alma” em troca de concessões. Queremos homens e mulheres orgulhosos de sua dignidade e comprometimento com a nova convivência entre todas as pessoas. Essa orientação guia nossos esforços.


f) Onde está a disciplina? A postura liberal de muitas lideranças, tem irritado e cansado muitos militantes. Disciplina exige pontualidade. É chato chegar na hora e ficar esperando por alguém que, sem motivo, vai chegar atrasado. Mas, disciplina, é muito mais que obediência a uma ordem ou horário: é o cumprimento dos acertos coletivos. É uma convicção que nasce no interior da pessoa, como um profundo respeito por si mesma e pelos companheiros. É um zelo que se treina, todo o dia, pensando na própria sobrevivência e no avanço e segurança do movimento. Disciplina, então, é realizar com perfeição as tarefas assumidas, ser fiel ao plano traçado, responsabilidade política e financeira, respeito a cada companheiro e cada companheira, sobretudo aos iniciantes. Disciplina é chegar nas reuniões com propostas fundamentadas, é cobrar o combinado e aceitar, com humildade, a cobrança merecida.

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